quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O sofrido Tetra-campeonato da Seleção nos Estados Unidos

Todo brasileiro que acompanhou a campanha da Seleção Brasileira na Copa dos Estados Unidos, em 1994, sabe o que passou torcendo por aquele time, comandado por Carlos Alberto Parreira (que volta agora em 2012 como coordenador técnico da Seleção, que vai ser comandada por Felipão de agora até a Copa 2014).

O problema é que para Parreira empate é bom resultado e 1 x 0 é goleada. Daí o sofrimento que foi acompanhar a turrice do técnico e a insistência com seu esquema extremamente defensivo.

Por mais que exaltemos o título mundial no país do norte, sempre apontaremos a falta de criatividade do time quando comparado às nossas Seleções anteriormente campeãs e à de 82, por exemplo, que perdeu jogando bonito.

Por outro lado, havia 24 anos de espera por um quarto caneco, e a responsabilidade pesou sobre Parreira, que baseou seu time na defesa, com Dunga e Mauro Silva fazendo a proteção da zaga. E aí era jogar a bola pra frente e entregar pra Romário e Bebeto resolver, pois a Seleção de 94 padeceu da falta de um craque no meio de campo.

Aliás, esse problema afeta a Seleção de agora, pois o Dunga segue o mesmo padrão do Parreira, de montar uma defesa eficiente e deixar que os atacantes se virem como puderem. Pelo menos temos o Kaká agora, mas e se ele não resolver sozinho a parte de criação, como ficamos?

Mas tudo bem, veremos o que o futuro nos aguarda. Vamos ver como foi a campanha do Tetra. Os jogadores convocados pra Copa do Mundo de 94 foram:

Goleiros: Taffarel (Reggiana), Zetti (São Paulo) e Gilmar (Flamengo).
Laterais-direitos: Jorginho (Bayern de Munique) e Cafu (São Paulo).
Laterais-esquerdos: Leonardo (Kashima Antlers) e Branco (Fluminense).
Zagueiros: Aldair (Roma), Márcio Santos (Bordeaux), Ricardo Rocha (Vasco) e Ronaldão (Shimizu).
Volantes: Mauro Silva (La Coruña) e Dunga (Stuttgart).
Meias: Mazinho (Palmeiras), Zinho (Palmeiras), Paulo Sérgio (Bayer Leverkusen) e Raí (Paris Saint-Germain).
Atacantes: Bebeto (La Coruña), Romário (Barcelona), Müller (São Paulo), Viola (Corinthians) e Ronaldinho (Cruzeiro).

O Brasil fez 7 jogos, com 5 vitórias e 2 empates; marcou 11 gols e sofreu 3. Nossos artilheiros foram: Romário (5) e Bebeto (3). Pra mim, dois jogos foram marcantes: a vitória sobre os Estados Unidos nas oitavas de final, por 1 x 0, gol de Bebeto, em que jogamos grande parte da partida com um a menos, pois Leonardo foi expulso por cotovelada em seu marcado, exatamente no dia da Independência Americana, 4 de julho; e a vitória sobre a Holanda, num jogo emocionante, em que desempatamos com um gol de falta de Branco no segundo tempo. Como aconteceu também em 2002, contra a Turquia, e antes em 62 contra a Tchecoslováquia, em 94 jogamos duas vezes contra a Suécia.

Brasil 2 x 0 Rússia
Brasil 3 x 0 Camarões
Brasil 1 x 1 Suécia
Brasil 1 x 0 Estados Unidos
Brasil 3 x 2 Holanda
Brasil 1 x 0 Suécia
Brasil 0 x 0 Itália (ganhamos nos pênaltis, 3 x 2)
***
Veja mais informações e fotos no site da CBF.

Veja vídeo com gols e lances da Seleção na Copa de 94:

Um comentário:

  1. [...] Curiosidades nos jogos: em 2002, o segundo gol do primeiro jogo, contra a Turquia, foi marcado de pênalti por Rivaldo, a exemplo do segundo gol do primeiro jogo do Brasil em 94, feito por Raí. Ronaldo marcou um gol de bico, nas semifinais, também contra a Turquia, a exemplo de Romário, que também fez gol de bico em 94, e a quem Ronaldo imitou. Outra semelhança foi o primeiro gol do Brasil contra a Inglaterra, em que o R. Gaúcho puxou o ataque e entregou para Rivaldo bater no contra-pé do goleiro, igual ao gol do Brasil contra os Estados Unidos em 94, em que Romário conduziu a bola até a área adversária, e entregou a Bebeto, que também bateu no ângulo inverso do goleiro. (Confiram os gols de 94 aqui.) [...]

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