quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Brasil Pentacampeão na Ásia bate recordes

O Pentacampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de Futebol da Coréia-Japão em 2002, comandado por Luis Felipe Scolari, o Felipão, não nos deu apenas o primado entre os campeões do mundo de futebol, com os cinco títulos conquistados.

*

Nota do FCM (29/11/2012): a CBF anunciou hoje a contratação de Felipão para dirigir a Seleção nesta Copa do Mundo no Brasil e Parreira para ser o coordenador técnico.

*

Deu-nos também alguns recordes e façanhas: a Seleção de 2002 foi a única até hoje a vencer 7 jogos seguidos.

A única Seleção a vencer todos os jogos de uma edição do mundial anteriormente tinha sido exatamente outra equipe brasileira, a Seleção de 70, que venceu todos os seus 6 jogos.

Mas o Brasil de 2002 fez mais: teve também o artilheiro do torneio, o Ronaldo Fenômeno, com 8 gols, igualando o número de gols de Pelé em Copas: 12. Desde 74 que ninguém marcava mais de 6 gols numa Copa. Em 2006, Ronaldo faria mais três gols, se tornando também o artilheiro de todas as Copas, com 15 tentos marcados.

O Brasil de 2002 só não teve o melhor ataque entre todas as nossas seleções, pois fez “apenas” 18 gols (sofreu 4), perdendo para a de 70, com 19, e a de 50, com 22.

Alguns fatos curiosos: Felipão, a quem Dunga hoje imita, dispensando Ronaldinho Gaúcho, dispensou Romário na época, preferindo apostar em Ronaldo e Rivaldo, e no próprio R. Gaúcho. O problema é que o Felipão teve três craques pra suprir a falta do Baixinho, e o Dunga não leva ninguém para substituir o R.G.

Assim como Dunga, Felipão apostou mais no grupo, em vez de em uma única estrela (embora isso seja discutível, já que ele teve 3 grandes estrelas); talvez ele tenha pensado nesses três por serem mais administráveis que o Romário. Mas mesmo assim ele teve que dar um “chega-pra-lá” na dupla Ronaldo-Rivaldo, pois estavam sendo muito individualistas na Ásia, e avisou a eles que se ficassem com essa competição dentro do time que ele barraria um deles. A puxada-de-orelha deu resultado e ambos passaram a jogar mais para o time.

Outro fato curioso, confessado por Ronaldo, foi que ele passou a utilizar o corte de cabelo “tipo Cascão” para despistar a imprensa e os adversários de seus problemas físicos, que o fez sair mais cedo do jogo contra a Turquia nas semifinais. Da mesma forma, Rivaldo precisou usar uma botinha de gesso na final, pois não agüentava de tanta dor no tornozelo. Em resumo, nossos craques fizeram muito sacrifício pra trazer o caneco do Penta pra cá!

Curiosidades nos jogos: em 2002, o segundo gol do primeiro jogo, contra a Turquia, foi marcado de pênalti por Rivaldo, a exemplo do segundo gol do primeiro jogo do Brasil em 94, feito por Raí. Ronaldo marcou um gol de bico, nas semifinais, também contra a Turquia, a exemplo de Romário, que também fez gol de bico em 94, e a quem Ronaldo imitou. Outra semelhança foi o primeiro gol do Brasil contra a Inglaterra, em que o R. Gaúcho puxou o ataque e entregou para Rivaldo bater no contra-pé do goleiro, igual ao gol do Brasil contra os Estados Unidos em 94, em que Romário conduziu a bola até a área adversária, e entregou a Bebeto, que também bateu no ângulo inverso do goleiro. (Confiram os gols de 94 aqui.)

Para mim, que torci ferrenhamente pelo Brasil e levei medo em algumas partidas, contra a Turquia, por exemplo, comemorei de forma muitíssimo aliviada a eliminação da França ainda na primeira fase. Aliás, a campanha da França foi ridícula, pois deixou a Copa de 2002 sem marcar um único gol. Essa seleção francesa foi a única equipe a fazer isso em Mundiais. Um vexame!

Também me recordo que tive muito medo na Copa de 82, quando o Brasil jogou contra a campeã Argentina, que apresentou um timaço naquela edição; mas, revendo vídeos daquela partida, vi que a Argentina também jogou com preguiça, enfado, sem vontade, enquanto o Brasil deitou e rolou. Ainda bem que o Brasil de 62 manteve o espírito de 58, e nos garantiu uma segunda taça de maneira sucessiva. Bom pra nós!

Vejam a lista dos convocados de Luis Felipe Scolari para a Copa do Mundo de 2002:

Goleiros: Marcos (Palmeiras), Dida (Corinthians) e Rogério (São Paulo);
Zagueiros: Edmilson (Lyon), Roque Júnior (Milan), Anderson Polga (Grêmio) e Lúcio (Bayer Leverkusen);
Laterais: Cafu (Roma), Beletti (São Paulo), Roberto Carlos (Real Madri) e Júnior (Parma);
Meias: Vampeta (Corinthians), Kleberson (Atlético paranaense), Gilberto Silva (Atlético Mineiro), Rivaldo (Barcelona), Ricardinho (Corinthians; convocado para substituir Emerson, que se lesionou na véspera da Copa), Juninho paulista (Flamengo) e Kaká (São Paulo);
Atacantes: Ronaldo (Internazionale), Ronaldinho Gaúcho (Paris Saint Germain), Denilson (Betis), Luisão (Grêmio) e Edilson (Cruzeiro)

Assim foi a campanha da Seleção em 2002:
Brasil 2 x 1 Turquia
Brasil 4 x 0 China
Costa Rica 2 x 5 Brasil
Brasil 2 x 0 Bélgica
Inglaterra 1 x 2 Brasil
Brasil 1 x 0 Turquia
Brasil 2 x 0 Alemanha

Um comentário:

  1. [...] convocação nesta segunda era como treinador da Seleção Brasileira (na primeira passagem, ele levou a Seleção ao título mundial em 2002), Luiz Felipe Scolari, o Felipão, deixou Kaká de fora e chamou Ronaldinho Gaúcho e o goleiro [...]

    ResponderExcluir