domingo, 12 de setembro de 2010

Pela falta de Ganso, Robinho pagou o pato!

Lendo um artigo do meu amigo Hingo Weber no Lado Cômico sobre a declaração do médico da Seleção de que Kaká não estava inteiro fisicamente na Copa de 2010 na África do Sul, me lembrei de outros jogadores brasileiros que jogaram Copas do Mundo sem estar no auge de sua forma física.

Aliás, é uma desculpa esfarrapada essa da comissão técnica dizer que Kaká não estava 100% fisicamente (estava apenas com 85% de sua forma física ideal).

Romário, por exemplo, como todo mundo sabe e o preparador físico da época explicou, jogou a Copa de 94 com apenas 30% de sua capacidade física, e foi campeão e melhor jogador, carregando a Seleção nas costas.

Se Kaká, com 85% de sua condição física, não conseguiu fazer nenhum gol e o Brasil dançou nas oitavas, há realmente um abismo entre os dois!

Só não posso assegurar em que nível está essa diferença, se no técnico, tático, ou simplesmente na vontade de se sacrificar para fazer o Brasil campeão, sendo, obviamente, o herói de tal campeonato.

Se compararmos com Rivaldo, outro jogador citado no artigo do Hingo, o resultado dá igual, pois Rivaldo também não jogou no auge de sua forma física em 2002, principalmente na final, em que usou uma bota de gesso para proteger o pé machucado, e mesmo correndo o risco de quebrá-lo, chutou aquela bola que o Khan rebateu nos pés de Ronaldo, no primeiro gol, com toda a força que tinha, preferindo ser campeão com um pé quebrado do que voltar pra casa inteiro, mas derrotado!

Bem, se formos comparar com Ronaldo, aí é que o abismo entre Kaká e esses jogadores aumenta.

Na época, Ronaldo adotou o penteado "cascão" pra despistar a contusão no tornozelo. E mesmo fazendo gol de bico, foi campeão e artilheiro de 2002 com 8 gols.

Assim, comparando o desempenho desses quatro jogadores pelo parâmetro de seus estados físicos durante a competição, Kaká está a distâncias astronômicas dos outros três!

Junto desses três monstros do futebol, Kaká fica apenas como um menino mimado, com uma renca de gente cuidando dele e o resultado final é igual ao do Robinho: corre, pedala e ... nada! (O Milan perdeu ontem por 2 x 0 para o Cesena na estreia de Robinho.)

Falando de 2010, se Dunga deslocou o Robinho pra fazer a função de Kaká em campo, pois este estava descontado em suas capacidades, por que ele não tirou o Kaká do time, deixando a equipe carregando um peso morto?

Resposta que Dunga não deu: pelo óbvio motivo de não ter um substituto à altura para Kaká. Ele deixou Ronaldinho Gaúcho e Ganso fora, e Alex, ou até Diego, que poderiam suprir essa falta.

Mas, assim como Kaká está a anos luz dos três campeões citados, os outros jogadores convocados por Dunga também estão de Kaká.

Por isso, pela falta de Ganso, Robinho pagou o pato (ehehehehehehe), pois ele não pode ser o líder do time, se não ele afunda.

Ele é coadjuvante, como foi no próprio Santos este ano, liderado por Ganso, líder técnico do time (embora o capitão seja Edu Dracena; em 2002, Cafu era o capitão, mas o líder técnico era o Rivaldo).

De fato, jogadores como Robinho, Neymar, Marcelinho (São Paulo), Taison (ex-Internacional), Denilson (Seleção de 2002) e até Ronaldinho Gaúcho e Messi não podem ser os líderes do time, nem capitães, pois eles precisam exatamente ter a "irresponsabilidade" para soltar a criatividade em campo. Basta ver o fracasso de Messi e Cristiano Ronaldo nessa última Copa, colocados ou como líder ou capitão. Eles tem que estar livres do peso de serem os responsáveis.

Maradona também não viu que o líder em campo tinha que ser o Verón.

Liderança é algo que o jogador tem ou não tem, independente de idade, e não é demérito nenhum pra ninguém, pois cada jogador é fundamental na equipe, dentro de suas capacidades e funções.

Mas quem tem que saber disso é o técnico.

Se ele não sabe, dança, ao som de vuvuzelas!

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